João, O Esquisito do Deserto.

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“…Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados. E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre…” – Marcos 1:4-6

Para Marcos, amigo de Paulo e sobrinho de Barnabé, o evangelho de Jesus começa a ser pregado bem no ministério de João, o batista, primo de Jesus. É ele quem começa dar forma ao ministério de Jesus fazendo cumprir a profecia de Isaías 40: 3. E é esta figura esquisita que primeiro entende, antes de todos os seguidores do cristo, a chegada do messias. Porém diferente de todos os outros profetas, ele não se apresenta nas cidades mas vai para o deserto, vive de maneira típica dos habitantes nômades desta região, não querendo para si o que de direito a um sacerdote de origem e linhagem, como seu pai Zacarias (Lucas 1:5-17).

Ter um profeta no deserto é algo atípico por que quem comunica quer falar a alguém, mas ele vai para o deserto esperando que pessoas o seguissem. Quem seguiria um louco gritando em lugares áridos? Quem pararia para escutar um mal vestido, magricela por alimentação? Somente aqueles que se identificassem com a sua palavra. E que palavra era essa? A do arrependimento de pecados, uma palavra que havia saído de moda por aproximadamente 400 anos.

Uma lição que aprendo com tudo isso é que se preciso entender quem eu sou, aquele que pode me dar uma pista disso se torna importante para mim. E se ele mostrar algumas falhas de meu caráter, me dando a oportunidade de ser alguém melhor, este é então valiosíssimo. O discurso contra o tal do pecado nada mais é do que palavras que nos mostram o quanto precisamos melhorar em nosso caráter de acordo com a ótica divina. As vezes fugimos destas palavras por confrontar com um conhecimento que temos sobre nós que não nos agrada, mas se realmente queremos mudar não importa quem nos diga ou onde estejam falando o discurso, vale apena dar ouvido.

Algo que torna enfático como lição para mim também é a condição do Deus que fala fora do templo. Deus poderia conduzir João batista ao templo, nas praças, ou na multidão, mas o Todo poderoso fala aos que querem ouvir, não aos importantes, ou aos letrados, ou aos sacerdotes, ou aos aparentemente pobres. Não existe outra condição para Deus falar que não seja querer ouvir sobre si mesmo, apenas isso. Não há nenhum segredo, nenhum mistério, nenhuma doutrina ou dogma, só querer ouvir. Quando ensinam algo diferente acabam por tapar os ouvidos dos que tão humildemente clamam pela verdade da Cruz.

No deserto João encontrou Jesus. As vezes procuramos apenas uma palavra… mas dependendo de onde procuramos podemos encontrar Deus falando conosco.

Que o nosso Pai continue a revelar Cristo em meio ao nosso deserto. Deus nos abençoe!    

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